O Saber que Sei e Não Sei
Sei das letras que dançam na mente,
de livros que clamam por voz e calor,
mas nada sei do que o tempo consente,
pois o saber é um véu sedutor.
Só sei o que sei, e o resto é rumor.
Sei das memórias que guardam histórias,
da Academia que exalta o pensar,
mas ignoro o fim das vitórias,
pois saber é também duvidar.
Só sei o que sei, e o mar a escutar.
Sei das visões que o espírito traz,
de mundos sutis que me vêm em oração,
mas não sei se o além é jamais ou se é paz,
se é canto de anjo ou vento em canção.
Só sei o que sei, do fundo do coração.
Sei dos convites, das artes, dos ritos,
dos mestres que brilham, faróis de saber,
mas ignoro os segredos infinitos
que a vida se nega a me oferecer.
Só sei o que sei, e sigo a aprender.
Sei que saber é chama e neblina,
é construir-se em eterna lição,
pois o que se aprende ilumina
mas não fecha o ciclo da compreensão.
Só sei o que sei... e nisso sou chão.
Arthur Bennett
Enviado por Arthur Bennett em 31/07/2025
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